26 de novembro de 2020

As viagens espirituais de Maria Mercedes: Capítulo IV

MEUS FAMILIARES

Dezessete de janeiro, mil novecentos e noventa e um. 
Já havia me visto numa situação parecida como esta.
Costumo visitar uma praça com um bonito jardim de árvores que fica perto de minha casa.
Sentada em um de seus bancos, debaixo de uma grande árvore, fiquei admirando, dizendo a mim mesma:
- Que beleza! O que é a natureza! É forte e saudável!
Encostada no banco, meus olhos foram se fechando e o transporte aconteceu. Fui levada a um lugar, onde havia uma casa de cor escura, que mais parecia uma cadeia: muralhas bem altas, escondida entre as árvores, cercada pelo mar.
Era um lugar tranquilo.
Em vez de medo, sentia tranquilidade e uma paz muito grande. Fui convidada a entrar.
Havia uma sala, da qual saíam vários corredores. Estes, por sua vez, tinham as paredes brancas em pedra e pareciam bem longos. Fui levada a um deles.
Havia quarto dos dois lados, os quais tinham janelas e portas com grades. Eram chamados pavilhões, assim estava escrito nas portas.
Havia luzes amarelas, verdes e vermelhas, as quais piscavam ininterruptamente. Se parassem de piscar, isso queria dizer que não haveria necessidade de prestar algum socorro.
Foi um grande espanto para mim, quando vi que lá se encontravam familiares e amigos meus, uns desencarnados, outros não.
Ali era uma espécie de pronto socorro e todos estavam em tratamento.
Meu pai se encontrava em um quarto separado e estava todo envolvido por uma névoa branca.
Isso queria dizer que ele estava em tratamento especial.
Minha mãe não se encontrava ali, pois já havia alcançado uma grande evolução, encontrando-se num plano superior.
Arrisquei perguntar por que eles estavam separados.
Disseram-me que cada um tinha sua evolução conforme o merecimento.
Percorri por vários corredores até que me encontrei no fim um, que tinha uma grande sala. Suas grandes janelas, abertas, faziam-se para a entrada do sol.
Eram ricamente decoradas, expressando bom gosto e simplicidade ao mesmo tempo. A meu ver, aquilo era uma magia de encantamento e amor.
Ali estava o precioso de minha visita, o qual passo agora a narrar.

Encontrava-se sentada à minha frente uma linda senhora, que tinha um olhar de ternura que expressava paz e amor.
Aqueles raios de sol chegavam a seus cabelos como gotas de brilhante.
Não tenho palavras para expressar o que sentia naquela hora.
Ela saudou-me dizendo:
- Graças a Deus, filha!
E, colocando- me uma rosa vermelha nas mãos, disse com amor:
- Segue e caminha. A estrada é longa, cheia de rosas e espinhos
- Caminhe dentro do teu amor.
- Não pare. Caminhe sempre.

Acordei com um pessoal à minha frente que, curiosamente, observavam-me, pois eu parecia feliz e sorrindo.
Tinha a sensação de ainda estar segurando aquela rosa.
Ainda sentia o seu perfume.

Depois de várias viagens espirituais, vim a saber que aquele lugar era uma parte do Canal Vermelho e aquela senhora era a minha querida mãe, Rainha de Sabá.
Com Cristo e em Cristo, Graças a Deus.

Maria Mercedes