24 de setembro de 2020

As viagens espirituais de Maria Mercedes: Capítulo II

 A GRANDE REDE 

Dezenove de setembro de mil novecentos e noventa

Eu me encontrava a serviço da Espiritualidade Maior.

A meu ver, era um trabalho da mais alta hierarquia espiritual, pois, para estar a mercê dos mentores é necessário ter muito amor.

A espiritualidade não tem dois termos: "é ou não é".

Eu havia passado mal a noite toda.

O dia amanheceu sem que eu pudesse sequer fechar meus olhos.

Eram dez horas da manhã, ainda do dia dezoito, quando tiver a oportunidade de encontrar um mestre, ou melhor, um filho de Deus, o qual me prestou socorro.

Com a ajuda desse mestre, tive uma grande oportunidade, pois, através de seu amor e de minha mediunidade, um espírito pôde dar sua mensagem, o qual dizia ser um cobrador e que teria sido de grande influência numa vida passada minha.

Agradeceu ele a Deus pela sua compreensão e recebendo a doutrina em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, perdoou-me.

Mais tarde, já me sentindo bem, tomei um banho e fui em nome de Jesus, agradecer a Deus Pai Todo Poderoso, fazendo minhas orações.

Passada duas horas, voltei a sentir-me cansada, não sabendo o motivo.

Acabei me deitando.

Logo me desliguei do corpo e aconteceu o mais bonito: encontrava-me numa estrada toda florida, a qual parecia não ter fim.

Depois de caminhar muito, encontrei-me com minha Guia Missionária. Fomos colocadas juntas sobre uma roda, a qual foi subindo.

Numa certa altura, armou-se em volta da mesma uma grande rede.

A meus olhos, surgiam e caíam sobre ela umas placas escuras, as quais iam se transformando em seres humanos.

Eu os via pedir socorro, acenando com as mãos.

Minha mentora então, num tom de ternura e amor, pediu misericórdia a Deus: que colocasse sobre aqueles irmãos um raio de luz e amor, para que todos pudessem receber sua bênção.

Em seguida, deu-se uma pausa em silêncio, como se todos estivessem agradecendo a Deus por aquele encontro.

Num mesmo tom de ternura, disse minha mentora:

- Filha, volte agora ao teu corpo, pois alguém te chama.

Havia duas pessoas me chamando.

Com um sorriso e ao mesmo tempo assustada, eu disse:

- Graças a Deus

Maria Mercedes