Quero Jesus, o Caminheiro; quero
Jesus, o Nazareno; quero Jesus redivivo; quero Jesus de Reili e Dubali. Eu não
gosto que falem em Jesus crucificado. Quem somos nós para entrarmos nesse
mérito? Jesus crucificado, ao lado do bom ladrão e do mau ladrão.
Na maioria, os Homens só dão valor a Jesus por
ter sido crucificado. E muitos já querem, também, se libertar do Jesus
crucificado, dizendo que Ele tinha corpo fluídico.
Não é verdade: Jesus passou por todas as dores
do Homem físico da Terra. Não gosto que falem em Jesus crucificado porque
poucos entendem, poucos sabem de Sua dor!
Sabemos que Ele olhava para o Céu e estava
perto de Deus, naquele grande cenário. Porém, olhando para baixo, sentiu-se
entristecido ao ver o regozijo dos planos inferiores, a incompreensão daqueles
que o olhavam sofrer na cruz. Jesus chorou porque, subindo tão alto, deixando
seus irmãos na individualidade, viu que eles ainda não acreditavam que era Ele,
realmente, o Messias, obedecendo às leis de Deus Pai Todo Poderoso.
Exato: os Homens, há pouco, Lhe haviam
permitido tudo, pensando ser Ele um rei, mas igual a um rei deste mundo físico.
Entramos com a filosofia de Mãe Yara, que nada é obrigatório. O povo daquela
época não raciocinava como se aquela atitude de Jesus fosse de humildade.
Raciocinava, sim, como se fosse uma falta de força.
Continuando com a filosofia de Mãe Yara, até
hoje Deus não nos quer obrigado às doutrinas. O Homem só tem confiança no outro
quando o vê com uma força maior. Longe estavam de sentir o poder de Jesus e,
então, nos diz Mãe Yara: O Homem deixa sua grande força e vai buscar outra
força, uma pessoa que, às vezes, nada promete.
Assim, ele não permite que seu sexto sentido
faça uma análise do seu Sol Interior, nos três reinos de sua natureza,
rejeitando, na sua vida, a busca do que é seu. Jesus veio com todo aquele
sofrimento e deixou que cada um o analisasse por si mesmo, em sua própria
filosofia.
O que eu quero é que vocês se conscientizem em
Jesus, no Seu amor que era tão grande. Foi tão grande, é tão grande, e veio
para nos mostrar que a felicidade não é somente neste mundo.
Meu filho Jaguar! Neste mundo de provações,
num mundo onde as razões ainda se encontram, a cada dia nos afloram novos
pensamentos, novas lições. Porém, os planos espirituais ainda não conseguiram
apagar as imagens de Jesus crucificado.
Aqui no plano físico, desde quando
foi escrito o Santo Evangelho, seus ensinamentos são iguais e, até hoje,
ninguém se atreveu a mudá-los.
O Homem ama pela força perceptível e receptível. Ninguém acredita na ressurreição dos mortos e, sim, na ressurreição do espírito vivo, mais alto que o Céu! O Homem só quer crer nas alturas, acima do seu olhar...
O Homem ama pela força perceptível e receptível. Ninguém acredita na ressurreição dos mortos e, sim, na ressurreição do espírito vivo, mais alto que o Céu! O Homem só quer crer nas alturas, acima do seu olhar...
Estamos no limiar do Terceiro
Milênio e temos que afiar nossas garras! É hora da religião, do desintegrar das
forças, e não podemos nos esquecer, por um só momento, da figura de Jesus, o
Caminheiro, e de Seu Santo Evangelho.
E para que sejamos vivos ao lado de Jesus,
temos que respeitá-Lo em todos os sentidos e, no sentido religioso, temos que
respeitar as tradições, porque a religião exige o bom propósito moral e social.
Assim, a única maneira que podemos dizer é: vivemos num mundo onde as razões se
encontram.
No descortinar da minha mediunidade,
minha instrutora - Mãe Yara - não me deixou cair no plano de muitos, e me
advertia a toda hora. Eu podia sofrer, mas Mãe Yara e Pai João não me deixavam
sem aquelas reprimendas. Não tinha importância que eu sofresse, desde que minha
obra seguisse seu curso normal e eu fosse verdadeira.
Tia Neiva
Vale do
Amanhecer, 24 de abril de 1983.