4 de abril de 2017

A Grande Viagem

Meu Filho Jaguar,

Em nossas cegueiras amaldiçoamos à vezes, as nossas vidas, por não compreender o que fomos e o que nos espera. Nos desequilíbrio dos nossos obscuros raciocínios, habituamos a proceder de maneira irracional com a gente mesmo, chegando mesmo a ultrapassar as barreiras dos nossos destinos de nossas cores auréolas cujas vidas se tornam dolorosa, e por todos os pontos da terra o clamor, e quando chega o término da grande viagem desembarcamos sem uma única coberta que possa cobrir no longo frio do último porto, e, em vez lhe resta o que deixou ouro e prata, e consigo levar a tua última herança que é o conflito da desarmonia interior. 

É fácil presumir o que nos resta e até onde podemos ir a nossa capacidade pode chegar. Todos nós conhecemos a linha divisória entre o visível e o invisível, entre o objetivo e o subjetivo entre o sonho e a realidade, se assim pensarmos talvez, que as nossas vidas não sejam tão alucinantes e nos dá trégua a um conhecimento profundo e honesto com a gente mesmo, então antes, muito antes do desembarque já estaremos livre para receber nossos amigos e também os que se dizem nossos inimigos.
Salve Deus!

TIA NEIVA

Vale do Amanhecer, 15/06/1979