1984, ano luz, fechamento de um ciclo milenar. Ano de
reflexão do Homem cansado de atrair para si o que não lhe pertence, já
não sabe para onde caminhar. Caminha em sua alma espontânea, onde cria
sem saber para quê, e ninguém o ensina a falar com Deus.
Filhos, preparação e reflexão, o que, geograficamente, já
vos foi anunciado pelo grande percurso já percorrido nesta jornada. Alegro-me
por este poderoso acervo que vos trará a vida e a luz. Filhos, vos falo do
Terceiro Milênio. Falo na voz da Vida. Não vos falo na Morte, a Morte
não tem voz.
O mundo eufórico das descobertas, mentes científicas e
deslumbradas, sem saber o caminho a tomar, enquanto vós outros continuais
abrindo as vossas mentes sem nada a temer.
Sei que vos afligis pela vossa nação, não vos esqueçais que
são vós outros, filhos, os donos legítimos dessas armas. Choram,
filhos, porque não têm os valores que tendes vós outros: a mente livre, a
lâmpada que ilumina as noites densas, a lança que remove rochedos e faz clarear
as matas frondosas. Sejais, filhos, humildes para melhor ouvir vossa própria
voz.
Sois um cavaleiro especial, de um sacerdócio humano
cultural superior e eu, filhos, exigirei a vossa conduta doutrinária.
Saudoso de vós outros, na esperança da vossa conduta estarei
sempre.
Do vosso pai, SETA BRANCA
Do vosso pai, SETA BRANCA
Vale do Amanhecer, 31 de dezembro de 1983
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