19 de junho de 2021

As viagens espirituais de Maria Mercedes: Capítulo VIII

PAI BENEDITO

Vinte de março de mil novecentos e noventa e um.
Eram quatro horas da tarde e estava armando um temporal.
Estava deitada no sofá, olhando a fotografia de um grandioso mentor, o qual amo e respeito muito e costumo chamar de "Paim".
Foi quando passaram pela minha mente diversos pensamentos. Muitas coisas que estão acontecendo em minha vida espiritual e, principalmene, no que se refere aos trabalhos espirituais, dos quais participo.
Perguntava-me por que tanta maldade ou cegueira da alma, ou do espiríto, pois acredito que o que está acontecendo é pura personalidade ...
Por mais que me façam maldades, as mesmas tornam-se indiferentes à minha pessoa.
Existe uma força maior e superior que me protege.
É uma mediunidade diferentes das outras pessoas. Às vezes, nem eu entendo.
Quando dei por mim, vi que se encontravam à minha frente o meu querido mentor Pai Benedito e minha Guia Missionária.
Os dois disseram-me:
- Está na hora de levar minha afilhada para ver o que ela já fez com o seu amor.
- Filha, no Planeta Terra pode fecharem-se as portas. Pode acontecer sim, mas o que vale são os planos superiores.
- Ninguém vai fechar o teu pronto socorro espiritual!
Foi quando meu Pai Benedito me pegou pelas mãos e então saímos.
Em cima de minha casa se encontrava uma nave. Sua porta se abriu e uma voz com meiguice me disse:
- Entra e seja bem-vinda!
Entrei e partimos em seguida.
Logo avistei árvores, que eram todas de um só tamanho.
Era um lugar estranho, mas, ao mesmo tempo, lindo e de uma grande harmonia.
Ao nosso encontro veio um senhor sereno, de voz calma, que transmitia confiança e amor.
Pai Benedito lhe disse:
- Querido Mestre Anastácio, leva ela para conhecer o seu trabalho.
- Eu fico por aqui. Tenho muito a fazer.
Seguimos andando calmamente, em passos firmes.
- Aqui começa o teu trabalho. disse Mestre Anastácio.
Era uma casa grande e branca. Uma espécie de hospital.
Entramos.
Pelo corredor podia se ver grandes alas e muitas pessoas recebendo socorro por médicos dali.
Todos se movimentavam de um lado para outro, sempre à espera de mais um.
Com muito carinho e ternura, transmitiam energias com as mãos e conversavam com amor.
Para minha surpresa, vi meu falecido marido ali trabalhando.
Perguntei a ele o que estava fazendo.
Respondeu que estava em reajuste.
Caminhei mais adiante e, então, meu rosto se banhou em lágrimas.
Senti-me feliz, pois me encontrei com o meu saudoso pai de minha atual encarnação.
Ele falava algo, porém, eu não nada entendia.
Não sei bem se tudo está sendo perfeitamente narrado conforme vi.
Mais adiante havia umas casas. Estas eram para aqueles irmãos que ainda não estavam preparados para o reajuste e o tratamento espiritual.
Tudo aquilo era o meu povo, o meu serviço ou trabalho espiritual e estavam sendo feitas mais casas.
Mestre Anastácio então me disse:
- Filha querida. Tudo isto e até onde você pode ver é obra tua. Todo o teu amor e serviços prestados têm sido de muita importância para você, teu povo e para Deus.
- Vamos voltar. Te esperam.
Chegamos em silêncio.
Tiveram muito carinho comigo, pois viram que eu me encontrava muito assustada com toda aquela revelação.
- Graças a Deus, meu Pai!
Saímos de lá e voltei logo ao meu corpo.
Acordei com meus braços meio dormentes, porém, estava contente.
Dizia a mim mesma que acontecesse o que fosse, jamais passariam outros pensamentos negativos em minha mente e que com Cristo Jesus jamais iria me desequilibrar.
Com carinho ao meu Pai Benedito.

Maria Mercedes