Tia Neiva queixou-se a Pai Seta
Branca de sua pobreza, dizendo que devia demais e que precisava pagar as
dívidas. Que precisava ganhar na loteria. Ela tinha nas mãos um bilhete
premiado, ainda não corrido, porém já premiado.
Quando o Pai Seta Branca lhe disse:
- O que vale um templo de ouro e vazio, minha
filha? É preciso que os seus filhos depositem ali dentro o sacrifício do seu
trabalho e do trabalho espiritual, referia-se ele também. É isso que conta meus
filhos. É o tempo que você deixou de perder por ajudar ao próximo. É aquela
parcela do seu tempo livre que você usa em benefício daqueles que nem sequer
conhece.
Porque, infelizmente, alguns
jaguares ainda trabalham pensando que receberão algo em troca.
Não existe o “é dando que se
recebe”.
Não aqui neste plano, refiro-me ao
meu plano.
Não existe o “é dando que se recebe”
entre espíritos equilibrados porque fazer é obrigação, é dever. Doar sempre, a
qualquer custo, sem interferir e sem prejuízo da sua própria jornada. Eu não
permitirei que esta casa seja fechada, como tantas outras já o fizeram.
Mas a cobrança, meus filhos, será
depositada na porta de cada um de vocês, e para aqueles que dizem: “ah, eu nada
pedi”, “eu não tenho compromisso porque não pedi”, graças a Deus, meus
filhos!!!.
Então retirem-se logo, enquanto ainda há
tempo, porque de vocês que ficarem eu exijo o bom comportamento e a virtude dos
ciganos, que trazem em seus espíritos até hoje a alegria com responsabilidade e
trabalham com a satisfação. Eu fui claro, meus filhos?
Graças a Deus!
Estamos nos aproximando de dias luminoso
em que nada nos afetará. Aproveitem esta primavera, meus filhos, e coloquem em
dia suas vidas espirituais, suas vidas materiais, o chamamento dos céus, o chamamento
do Cristo chegou, e agora, meus filhos, não a tempo de sentir piedade de
ninguém, porque cada um traçou o seu próprio caminho. Olhem mais uma vez ao seu
redor e vejam as crianças que nasceram neste milênio, as que hoje têm entre 8 e
10 anos. Vejam o desenvolvimento que essas crianças já trazem se comparadas a
vocês há algumas décadas atrás. Elas só não nascem falando e raciocinando
porque seria uma dupla covardia.
Então, filhos meus, protejam os
vossos filhos, por favor.
Mães respeitem-se. Deem os seios aos
seus filhos.
Maridos e pais respeitem vossas mulheres,
vossas esposas, não se esqueçam de que um dia todos prestarão contas do que
fizeram e do que deixaram de fazer. Não há como fugir disso, meus filhos.
E mais uma vez eu repito: Deus não é juiz de
ninguém, o seu juiz mora no seu corpo e ele é a sua individualidade. Livre da
prisão deste corpo físico o raciocínio passa a ser universal e ai daqueles que
tiverem de chorar, depois de ouvir essas palavras por tantas vezes sem terem
cumprido suas missões. Chorem agora meus filhos, chorem agora que vocês têm as
rédeas do dia e da noite, não é mesmo Lacerda?
Construam agora enquanto a força física e o
planeta físico ainda lhes garantem a vida. Sejam mansos de coração, humildes, mas
não se deixem humilhar.
Pode um obsessor, um mortinho, um
recém-desencarnado, seja lá quem lhe bater a porta, com carinho. Conversem
sobre o amor, meus filhos, sobre a esperança de um mundo melhor, o que já está
sendo construído pelas divindades de Deus Pai Todo Poderoso. Saibam que não
estamos sozinhos.
É porque a hora do reencontro ainda não
chegou. Por isso meus filhos, preparem-se. Lembrem-se dos sinais no horizonte.
Não amedrontem as pessoas que já têm medo da própria noite e do amanhã.
Expliquem com carinho que o mundo não
irá acabar. Isso é um absurdo. Pensar que Deus perderia sua maior obra em um
desastre universal. Deus é Deus, meus filhos, e sua palavra é o verbo. É ele
quem dita às regras. Se um meteoro cair neste instante aqui dentro, foi porque
ele permitiu. Não compactuem com os catastrofistas, aproveitadores de primeira
e de última hora, que jogam com o medo alheio para beneficiar-se
financeiramente. Tudo tem um começo, um meio e um fim.