Meu filho Jaguar,
Como explicar esta Doutrina, que os anjos e santos nos confiaram, se quanto mais penetramos nos domínios psíquicos tanto mais difícil se torna a nossa jornada?
Meu filho, nos encontramos na situação do viajante, que atravessa uma região nunca percorrida, na qual não há retorno, e sem vaguear, caminhando sem guia confiante, apenas na sua formação recentemente reencontrada, equilibrada pela sua formação, entregue à sua perspicácia.
É uma doutrina e um gigante, que adormecido repousa por trás de três portas hermeticamente fechadas.
Sim, meu filho Jaguar: três portas resplandecentes que significam o Poder Iniciático da Vida e da Morte – Integração e Desintegração, sendo a terceira a do Círculo Esotérico a Ciências Ocultas da Comunhão do Pensamento.
Sim, filho, encontra-se logo após algumas jornadas da visão do campo e da forma verde, do aroma das matas. Sim, filho, a força é a que manipula a sua força vital, que se transforma na força do Jaguar, que vem da primeira Iniciação “Oxinto”, que dizer – “ SEJA MANSO COMO A POMBA E SAGAZ COMO A SERPENTE”.
Estas atitudes de rituais e comportamento, de compromissos, tornam a mente do Homem perceptiva. O Homem só penetra nos domínios extrassensoriais, quando aceita um ritual, seja qual for.
Paulo, um jovem cidadão médico, perdeu sua filha de 8 anos.
Paulo vivia pelos cantos, desesperado, porque, apesar de ser um Jaguar, não acreditava na vida fora da matéria. Ele sofria terrivelmente a perda de sua filha. Passava horas com a sua esposa oi em lugares escuros.
Certo dia, uma família espírita, na qual Paulo nunca acreditara, o ensinou o que deveria fazer: uma pequena mesa forrada de branco, um copo d’água, um pequeno jarro de rosas ( que ela tanto gostava) e, ali ficaram à espera do que poderia acontecer.
Nisto, ouviu-se um soluço e logo depois a vozinha esperada, que disse:
- Paizinho, vim buscar meu cordãozinho que o senhor me deu quando eu nasci. Si, pai, te vejo, todos os dias, quando estás pensando em mim.
- Sim, filha – disse o homem, que até então não acreditava – vou buscar, está no cofre...
- Não, pai, já está no meu pescoço, tu não o encontrarás mais. Voltarei, paizinho, para este lar, tão logo me permita Deus.
Paulo foi depressa ao cofre e não encontrou o cordãozinho. Só ele sabia que ninguém abriria o cofre, pois, só ele tinha a chave...
Quatro anos depois daquele ritual, uma linda menina de dois anos de idade, lhe perguntava: - Papai, onde está o meu cordãozinho? E, segurando a sua mão, o levou até o cofre que ainda estava no mesmo lugar. Ela batia as mãozinhas, dizendo: - abre! Abre!
Paulo abriu o cofre e lá estava o cordãozinho, do mesmo jeito que o deixara, inclusive com um pequeno coração, também de ouro, que acompanhava o corão. Ele conservava ainda a marca do dentinho, mordido que fora pela menina.
Enquanto ela gritava – dá, dá é meu – Paulo, trêmulo, beijava a pequerrucha, dizendo: - oh! Meu Deus! Devolvestes a minha filha, não tenho dúvidas.
Paulo passou o resto de sua vida fazendo rituais, para achar e explicar a constituição da consciência.
Faz-se preciso a maior concentração da alma sobre si mesma, a mais profunda introspecção, fazendo agir a percepção, nessa busca para encontrara os fatos, agindo à luz da razão, em todos os campos psíquicos.
Ora, filho, eu venho demonstrando e tenho certeza de havê-lo feito rigorosamente, a evolução da força, desde a polarização que produz as afinidades, congregadas e transfundidas, que constituem a força vital ou biogênica, que se desdobra ao assumir sua atividade na matricidade da sensitividade, cuja força cria no reino vegetal, fortalecendo o reino animal, que também manipula o ECTOLÍTERO para ECTOLÍTRIO, que é uma energia que, depois de manipulada, se faz desprender do plexo e se faz ECTOPLASMA.
O Ectoplasma é uma energia fluídica, de corpos fluídicos que podem materializar e só ilumina pelas seguintes formas: “ concentração e um ritual qualquer do condutor”.
Um ritual pode ser apenas uma mesa com uma toalha branca e pessoas concentradas em Jesus, como pode ser um grande susto ou uma grande dor.
O ser humano está a meio caminho de uma vasta escala de entidades consciente, em evolução; algumas num estágio de evolução e outras num estágio inferior, mas, sucede sempre o mesmo. O fato é, filho, que muitas vezes nos enganamos com o comportamento de outros, sem perceber as grandes heranças que o homem carrega consigo.
E sim, filho, o ECTOLÍTRIO vive entre os três reinos de nossa natureza, Ectoerezultante da energia. ECOLÍTERO energético (“litero” se movimenta para emitir o Ectoplasma).
Por hoje, é só.
Com carinho, da Mãe em Cristo,
TIA NEIVA
Vale do Amanhecer, 09 de fevereiro de 1980.