Meus filhos, Salve Deus!
Quisera hoje, neste augusto enterro do ano de 1971,
trazer-vos uma mensagem cheia de paz e tranquilidade. Porém, o tributo de vidas
mal distribuídas não me dá a feliz oportunidade.
Vivemos a marcha evolutiva para uma nova civilização. Pela
conduta irredutível dessa tribo ainda me é possível dizer: filhos abnegados de
Deus, agradeço-vos pela oportunidade que acabam de oferecer-me. Aqui estou, e
estarei sempre em espírito e verdade, mil vezes agradecendo esta
sublime bagagem que trazeis. Vejo-os como pequenos acumuladores de cargas tão
iguais!
Filhos, sei que os desenganos, renúncias, dores e
saudades do mundo transcendental vos devoram a alma. Porém, confiante, sei
que a miséria ou um infeliz reajuste de tragédia jamais atingirá vossos corações.
1971!
Quantas vezes, filhos queridos, os vi chorar pelos tristes
reajustes dos vossos destinos cármicos! Quantas noites enxuguei os vossos
prantos… Quantas noites temi pelas vossas reações nos vossos leitos de
enfermidade… Sim, filhos, foi sempre sutil minha mensagem de pai as reações de
amor, de ira, de medo e de saudades…
Filhos, é rico o presente que me oferecem, na alegria e na
esperança de um novo 1972. Rico sou, pai de filho como vós outros, com tudo de
bom e de sublime, e que renunciam ao mundo pela Doutrina do Amanhecer!
Filhos que ainda caminham neste carreiro terrestre: olhai em
torno vossos irmãos menos esclarecidos e erguei a Doutrina para uma Nova Era:
1972 vos trará os prenúncios do renovador Terceiro Milênio.
O Homem que tentar fugir de sua meta cármica ou juras
transcendentais será devorado ou se perderá como um pássaro que tenta voar na
escuridão da noite!
Filhos, dentro de alguns instantes estareis vivendo 1972 e
todo o Universo estará cantando aleluia! Todas as mensagens estarão
glorificando o desenvolvimento do Homem, enquanto vós outros, reunidos em um só
pensamento, preferis trazer esta rica mensagem ao mais humilde dos pais.
SETA BRANCA
Vale do Amanhecer, 31 de dezembro de 1971.
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